Número de queimadas na região de Ribeirão Preto, SP, é 8 vezes menor que em 2024, diz Inpe
26/08/2025
(Foto: Reprodução) Queimada em canavial próximo a rodovia na região de Ribeirão Preto
Reprodução/EPTV
Os focos de queimada na região de Ribeirão Preto (SP) nos 25 primeiros dias de agosto são oito vezes menores que o registrado no mesmo período em 2024, quando uma onda de incêndios atingiu o estado de São Paulo, causando pânico entre os moradores e prejuízos em plantações e áreas de preservação.
De 1 a 25 de agosto deste ano, foram 418 ocorrências, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o que corresponde a 87% a menos que o registrado no mesmo período.
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No ano passado, nesta mesma época, o BD Queimadas -- ferramenta de monitoramento do instituto -- já somava 3.482 ocorrências.
Em 2023, quando o estado de São Paulo teve sete vezes menos registros de incêndio no período, foram 343 ocorrências.
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Para se ter uma ideia da gravidade das queimadas no ano passado, apenas no dia 23 de agosto foram registrados 1.886 pontos de incêndio, uma média de 78,5 focos a cada uma hora.
O fogo fez o dia 'virar noite' e assustou moradores em Ribeirão Preto , Cravinhos (SP), Dumont (SP), Jardinópolis (SP) e Sertãozinho (SP).
Em muitos casos, nestes locais a visibilidade dos motoristas foi completamente afetada pela fumaça, o que resultou em acidentes e engavetamentos nas rodovias.
Focos de incêndio em SP
Ainda de acordo com o Inpe, de 1 a 25 de agosto de 2024, Pitangueiras (SP) já tinha registrado 100 focos de incêndio, o maior número do estado.
Altinópolis (SP) e Sertãozinho também entraram na lista dos cinco municípios com mais ocorrências, com 89 focos e 72, respectivamente.
Nesta segunda-feira (25), satélites do Inpe apontaram focos de incêndio em oito cidades da região de Ribeirão Preto. Igarapava (SP) é o município com maior número de registros, 18 no total.
Confira abaixo os focos de incêndio por cidade nesta segunda:
Igarapava (SP): 18
Fernando Prestes (SP): 8
Aramina (SP): 5
Barretos (SP): 5
Bebedouro (SP): 4
Miguelópolis (SP): 4
Ribeirão Preto (SP): 3
Franca (SP): 1
Um ano depois do período catastrófico, autoridades ambientais garantem ter reforçado as ações preventivas, mas também pedem o apoio dos moradores.
Além da conscientização para práticas simples, como não descartar materiais inflamáveis em áreas potenciais, a recomendação é a de denunciar os responsáveis, para que eles possam responder criminalmente e, inclusive, serem presos por até seis anos, segundo a promotora de Justiça Cláudia Habib, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) de Ribeirão Preto.
"Nós estamos tratando de um desastre. Um desastre, que vai muito além de um dano ao meio ambiente. Diz respeito ao dano à saúde pública, diz respeito ao dano ao patrimônio e coloca a vida das pessoas em perigo".
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